Quanta INDECISÃO enfrentam as pessoas, tanto a nível pessoal, profissional e nos relacionamentos! Quão difícil é hoje decidir nos diversos aspectos de nossas vidas!
Podemos
definir a escolha profissional como o estabelecimento do que fazer, de quem ser e a que lugar pertencer no mundo através do
trabalho. A formação da identidade profissional complementa a identidade
pessoal e contribui para a integração da
personalidade, sendo que uma boa escolha é avaliada pela forma como é tomada e pelas consequências cognitivas
e afetivas que produz. A escolha envolve mudanças, perdas, medo do fracasso e
da desvalorização, supõe a elaboração de lutos e conflitos consigo mesmo e com
outros significativos e requer reavaliações constantes. Embora o futuro de um
indivíduo não dependa exclusivamente de sua opção profissional e mesmo sabendo
que esta opção pode ser modificada, as questões vocacionais têm se tornado cada
vez mais importantes para as pessoas. Nesse sentido, a problemática vocacional
e suas consequentes derivações geram indecisões.
A maioria das pessoas pode realizar escolhas de
carreira conhecendo muito pouco sobre a totalidade das implicações das mesmas
em termos de tarefas, dificuldades e responsabilidades. Não existe uma
preocupação sistemática da escola ou da família em ensinar a filhos ou alunos
habilidades de tomada de decisão. Nesse sentido, pesquisadores salientam que a
escola, por exemplo, não ensina a escolher,
a pensar, a resolver conflitos, a refletir sobre as realidades: social,
cultural, histórica e profissional; se o faz, isso acontece de forma ocasional
e desarticulada. A ausência destas oportunidades ao longo do desenvolvimento
vocacional, principalmente na adolescência, pode resultar em imaturidade e
insegurança nos jovens e adultos em períodos posteriores da vida profissional,
muitas vezes incapacitando-os para a formulação de projetos profissionais
consistentes.
O
desenvolvimento vocacional pode ser caracterizado como um processo que ocorre
ao longo da vida do indivíduo. Decisões, mudanças e dúvidas vocacionais
aparecem não somente no momento da adolescência, sendo cada vez maior o número
de pessoas colocadas em vários pontos do desenvolvimento vocacional que buscam
auxílio ou simplesmente desafiam os técnicos da orientação profissional a
elaborarem novos modelos explicativos e métodos de ação . Osipow (1999),
pesquisador do tema indecisão profissional, aponta que esta, originalmente
focada na questão da escolha de
adolescentes, agora engloba um espectro maior da vida por causa da crescente
freqüência de eventos que exigem que as
pessoas reavaliem suas decisões de
carreira ao longo do tempo. Dúvidas e incertezas passam a ser encaradas, então,
como estados que vêm e vão
constantemente.
Se observa que
mesmo sendo a escolha profissional um ponto comum do desenvolvimento vocacional
dos indivíduos, que são, em algum momento, solicitados a optar por um entre diferentes caminhos profissionais,
isso não significa que esta situação tenha o mesmo significado para todos.
Enquanto para muitos as decisões e mudanças profissionais são vividas de forma mais tranqüila, para outros é muito difícil
tanto se comprometer com escolhas profissionais , quanto enfrentar períodos de
mudança e indecisão.
Indecisão
no nível Executivo
O rompimento de uma cultura de indecisão requer um líder que possa gerar
honestidade intelectual e confiança nas conexões interpessoais. Usando cada
encontro com seus funcionários como oportunidade para modelar um diálogo aberto,
honesto e decisivo, o líder define o tom para toda a organização. Mas definir o
tom é somente o primeiro passo. Para transformar uma cultura de indecisão, os
líderes também precisam fazer que os "organismos operacionais
sociais" da organização - isto é, as reuniões do comitê executivo, as
revisões orçamentárias e estratégicas e outras situações nas quais as pessoas
fazem negócios - tenham em seu centro um diálogo honesto. Esses mecanismos
definem o cenário. Praticados com consistência, eles estabelecem linhas claras
de responsabilidade para se chegar às decisões e executá-las.
Pesquisadores do mundo todo, depois de árduos estudos, chegaram à conclusão que essa incapacidade de execução é consequência principalmente de nossa Cultura da Indecisão. A incapacidade de tomar decisões ou protelá-las já virou hábito arraigado nas empresas e organizações em geral. Através do processo de Coaching, executivos podem aumentar seu autoconhecimento, a compreensão de sua capacidade de fazer as coisas de forma diferente, com "novas rotas de pensamento" e alinhados com o mundo atual de Mudanças constantes.
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